sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Cozinha IV

Quem se colocar na varanda da cozinha tem esta perspectiva do interior da mesma.
Isto a propósito de mostrar um pormenor importante: como é que os habitantes do palacete chamavam os criados?
Com certeza que não se punham a gritar e aos berros!! Era simples: em cada divisão existia um cordão de seda, ou uma fita larga, de tapeçaria, ligada a um mecanismo que, quando eram puxadas, na cozinha tocava uma determinada campainha.
As criadas sabiam de cor que campainha correspondia a que divisão e a ela se dirigiam.
É um pormenor importante para uma reconstituição deste teor.
Falta-me agora colocar os cordões de seda nas divisões.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Fontes de Inspiração II

E mostro mais uma vez as minhas fontes de inspiração, embora sejam dois interiores dos finais do século XIX. A fotografia de cima mostra um recanto de uma sala de jantar, com um par de móveis "de conter" holandeses e as paredes forradas com painéis de madeira, com prateleiras e duas mesas de apoio.
Estes móveis eram usados para guardar as loiças e neste caso exibem um minucioso trabalho de marcenaria.

Esta imagem mostra uma divisão de apoio aos quartos, um toilette, neste caso em estilo Louis XV: note-se o tremó, a cómoda com o par de espelhos, o canapé e a porta, com reposteiro e galeria.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Sala de Jantar IV

Ainda na Sala de Jantar, os aros da porta de acesso ao Salão de Chá eram muito mal feitos... e pequenos para a porta. Como assim não poderiam ficar, lembrei-me de fazer, bem ao espírito da época, um reposteiro, com a respectiva galeria.

Neste caso, escolhi um tecido de decoração azul escuro com pontos em dourado e costurei os reposteiros de modo a "caírem em pregas" sem ocupar muito espaço na sala.

Fiz a galeria em madeira, apliquei tapa-poros e encerei. Depois apliquei uma pecinha de metal, um "embelhisment". Para decorar a galeria, usei o mesmo tecido e cordão dourado.


Aqui é uma perspectiva da área vísivel de quem se coloca à porta da cozinha.

sábado, 15 de novembro de 2008

Sala de Jantar III


Que tipo de mobília tinham as Salas de Jantar portuguesas no último quartel do século XVIII? Um pouco de tudo: aparadores, mesas de encostar, louceiros, cantoneiras...Tudo o que servisse para guardar louça e/ou expor louça, ou servir de apoio às refeições.

Acontece que esta Sala de Jantar não tem paredes para encostar móveis!! A escada retira muito espaço, a balaústrada (que ainda não temos) não serve para encostar móveis...Que outras opções? Só uma conseguia ter algum consenso: inviabilizar uma das saídas da escada. E com o quê? A opção louceiro é demasiado grande, não há cantos para colocar uma cantoneira, os aparadores à venda são todos do século XIX...

Lembram-se da mesa de encostar D. José, numa das primeiras rubricas (Mobília Nova)? Era uma das hipóteses, pois para além de estar integrada na época em questão, não conseguia vislumbrar mais nenhuma área do palacete para a colocar.

Esta mesa era o "toucador" do quarto dito do principe...Mas para que queria uma criança um toucador de senhora? Transformei-o completamente: tirei o espelho, pintei-o de madeira e coloquei-lhe um tampo em balsa e por fim encerei-o várias vezes.
A partir das mesas "verdadeiras" fiz-lhe umas ferragens em estanho (mais uma vez obrigado Zaphia...) e pintei de dourado.

Coloquei-lhe o que habitualmente se colocava: louças e/ou pratas. Neste caso, foi um serviço de chá, com o tabuleiro e um prato coberto.
Mas e por cima da mesa? Gravuras? Resolvi colocar uma prateleira (que fiz em balsa), decorada com "porcelana chinesa" e "castiçais de prata", tudo da Eurominis. Em relação às prateleiras de apoio às salas, aconselho-vos a ver novamente a mensagem "Fontes de Inspiração I".
Também decidi pintar a porta da cozinha de branco: ficou mais à época e mais neutra.


Um plano maior e mais uma vez a ausência da balaústrada a dominar o panorama....

Nesta fotografia é que se pode apreciar bem o soalho e o seu aspecto já envelhecido, que as criadas varriam e esfregavam com esfregão de arame e depois enceravam.

As mísulas da prateleira foram adquiridas na Eurominis e pintadas de dourado.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Sala de Jantar II

Vou mostrar o que tenho vindo a fazer com a Sala de Jantar. Tirei o papel autocolante do chão, pacientemente fiz tacos em madeira à escala, colei, apliquei um tapa-poros e dei várias vezes cera, para ficar com o aspecto de soalho de madeira já com alguma patine dos séculos...

Mas e que fazer com os rodapés? De madeira, como fiz noutras divisões do palacete não permitem que os móveis se encostem totalmente às paredes. Resolvir usar da mesma coerência histórica e fazer um rodapé característico de azulejos usados em escadas. Fiz de propósito para que ficassem ligeiramente tortos, tal como os originais.

Em relação ao tecto: a Planeta Agostini só me entregou duas cimalhas!! Faltava uma terceira para poder colocá-las. Havia que procurar outra solução e resolvi procurar novamente nos palácios nacionais.
Na zona norte é comum usar-se o tecto em madeira, geralmente em caixotões lavrados, ou em travejamentos ou em masseira. Neste caso, optei por ripas de mogno, tratadas com tapa poros e enceradas. Pena que não tenha pensado nesta solução mais cedo, pois para que o resultado tivesse mais coerência, tinha sido necessário fazer também as outras divisões com tectos em madeira...

Quem tiver oportunidade de visitar o Solar de Mateus, em Vila Real, ou o Paço Episcopal de Braga vai ficar deliciado com o trabalho de marcenaria realizado nos tectos, pois por vezes parece filigrana.


E agora mais mobília nova.... Comprei esta mesa de encostar na Eurominis, mas para que a mesma se integrasse na época (e com a perna direita só podia pertencer à época D. Maria) resolvi, e a propósito de umas molduras da Zaphia (a quem agradeço as explicações) realizei estas aplicações Luís XVI, em estanho, muito perto das tendências da época. Estas mesas abundavam nos salões, não porque guardassem muita coisa, mas porque ocupavam pouco espaço, expunham objectos de bom gosto e podiam servir de mesas de apoio durante os jantares.

Neste caso, acho que neste sítio fazia falta uma peça de mobilia, mas que não impossibilitasse a passagem pelas escadas....
Foi decorada com peças da Eurominis, o mais próximas possíveis das tendências da época: a porcelana chinesa azul e branca, característica da Dinastia Ming, mas que ainda se produzia no século XVIII (Dinastia Quing) e tinha a maior simpatia dos portugueses....




domingo, 9 de novembro de 2008

Prémio

Este Prémio foi-me concedido pelo Paco (Miniaturas del Minimundo de Paco) e passo a citar: "hemos decidido que te mereces el premio Meme por tu representacion tan preciso del palacio."
As regras do Prémio são:
- Seguir as regras...!
- Compartilhar com os outros bloguistas e amigos seis coisas mesmo importantes e seis coisas nada importantes.
- Eleger seis pessoas.
- Contactá-las e deixar uma mensagem no seu Blogue.
Elejo os seguintes bloguistas para conceder o Prémio:
- À Biby:
http://bibycasadebonecas.blogspot.com/
- Ao Ritchie:
http://miniaturasecolecoes.blogspot.com/
- À Ana Anselmo:
http://miniaturesforever.blogspot.com/
- À Rute:
http://rtgcdb.blogspot.com/
- À Zaphia:
http://o-mundo-de-zaphia.blogs.sapo.pt/
- Ao Proença:
http://experimentarminiaturas.blogspot.com/

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Fontes de Inspiração I


Como não tenho mais nada para mostrar, não porque não tenha feito mais nada, mas porque por agora não tenho máquina fotográfica, vou mostrar alguns dos ambientes que, para mim, se constituem como fonte de inspiração.

A primeira imagem mostra o interior de uma habitação de um coleccionador dos finais do séc. XIX, início do século XX, que mostra um tremó, emoldurado por duas luminárias e por duas cadeiras D. Maria.
A segunda também é o interior de uma habitação de um coleccionador, dos finais do séc. XIX que mostra uma belíssima lareira e uma vitrine ladeada por duas cadeiras D. José.