quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Fontes de Inspiração II


Volto a mostrar esta foto, publicada em 2008 e que me tem inspirado muito, apesar do ambiente mostrado ser dos finais do séc. XIX, primeiros anos do séc. XX: lá está o tremó, com o par de cadeiras, dois apliques... Isto porque ainda tenho muitas dúvidas sobre o hall, zona de acesso à "Sala da Livraria": tremó ou contador? As opiniões têm-se divido muito e continuo sem saber o que fazer.
Para ser correcta do ponto de vista da história, o tremó adequa-se mais, pois o contador servia para guardar dinheiro, ouro e jóias e estava numa divisão mais íntima e resguardada como a "Sala da Livraria" ou na "Câmara (quarto)". O tremó foi uma verdadeira moda, abundante nos lares da classe média e alta nos finais do séc. XVIII, inícios do séc. XIX, como móvel de apoio, de prestígio social e de aparato (por causa dos dourados e do espelho).
Faz sentido à porta da "Sala da Livraria" para quem espera para ser recebido, se poder ver e atestar de imediato o prestígio social de quem habita neste "palacete"...

Fontes de Inspiração

Apresento uma das minhas fontes de inspiração para a realização dos pratos anteriores. No entanto, neste foram usadas duas cores, o azul cobalto e o óxido de manganês. A ver se no próximo fim de semana ponho mãos à obra novamente e me saio um bocadinho melhor....

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Pratos séc. XVII


Este fim de semana, para além de afazeres profissionais, andei a tentar fazer objectos para decorar o novo hall. Inspirei-me na faiança portuguesa do séc. XVII, que "copiava" a porcelana chinesa ou nela se inspirava para criar novos motivos. Estes pratos, grandes, são designados por "pratos de aranhões" por causa dos motivos das bordas, cujo centro foi ocupado por dois brasões: os modelos usados estão em exposição no Museu Nacional de Arte Antiga. Falhei na cor de fundo da faiança, pois está muito branca e brilhante, sendo que os pratos de aranhões são mais azulados/branco sujo. Estão também um bocadinho tortos, mas enfim: os do séc. XVII também não são lá muito direitos...

sábado, 27 de agosto de 2011

Ainda a entrada...

Se há coisas que me fazem confusão neste palacete da Agostini, uma delas é o "barulho" visual que determinados elementos têm, absolutamente perturbadores. Um destes exemplos era a decoração às minhocas douradas da porta da divisão dita "biblioteca". Já pintei de branco e acho que melhorou bastante. Gosto muito de ver o contador à porta, com a respectiva cadeira (embora distem 100 anos um do outro)... Tenho de acrescentar mais elementos decorativos, mas ainda ando a investigar.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Ainda a entrada

Não sei se deixe ficar o contador perto dos móveis de conter, na parede da porta do "escritório-biblioteca" ou se coloque um dos tremós...
Faltam ainda todos os objectos decorativos nesta divisão, mas já estão a caminho.
Como o Planeta Agostini nunca entregou o aro da porta em arco, de acesso à Sala de Música, optei por tapar com um reposteiro, com a respectiva galeria e uma cabeça de anjo a decorar... Que vos parece?
O chão do hall melhorou imenso com a tábua corrida a imitar mogno....Perdeu o ar plastificado que tinha.



segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Mais uma divisão em obras

Estou a testar cores para a (incorrectamente designada) biblioteca e também escalas de lareira que ando a fazer. Digo incorrectamente porque bibliotecas nesta altura eram as monásticas/conventuais e a da Universidade de Coimbra. Esta divisão, nas casas apalaçadas, era uma divisão cuja decoração dependia da especificidade profissional a quem se destinava: era um desembargador? Guardava documentação, teria de ter um sitio para o dito se sentar e escrever, e muitos lugares sentados para receber visitas. Também um contador era essencial, para se guardar dinheiro.

Outra coisa: esta lareira foi feita por mim, mas acho que ficou gigante numa divisão tão pequena...
Provavelmente não vou manter o vermelho-morango-esmagado nas paredes... fica muito escuro e como já comecei a destruir a Sala de Música (estava muito branca) esta divisão deve ficar verde, era uma cor muito usada pelo ar de seriedade e tranquilidade. Resta saber se vou pintar ou forrar de papel...

Digam coisas: a vossa opinião é muito importante neste retorno!!

Arrumar a casa...

 Após as obras, convém arrumar a casa: aqui têm duas perspectivas da apelidada incorrectamente "Sala de Jantar" (pois tal especialização não existia em contexto do séc. XVIII, senão mais para o seu fim e em determinados ambientes). Ainda lhe falta muita mobilia, mas virá com o tempo.


 Arrumei também a Sala de Chá, embora também tenha pouca mobília, em particular lugares sentados.

sábado, 20 de agosto de 2011

Mais novidades

Acho que o palacete melhorou imenso com o novo chão e com a balaustrada...
No hall decidi retirar os tremós dourados e colocar dois móveis de conter, de influência indo-portuguesa, do séc. XVII. Claro, não havia nada no mercado semelhante para comprar e lá decidi fazê-los, com balsa e paciência...

Eu fotografei as fases da sua elaboração: para os interessados poderei, mais adiante, fazer um tutorial. Estão a aguardar a chegada das respectivas faianças para os decorar. As portas abertas é propositado e agora estão em plena harmonia com o contador indo-português...Este palacete conta uma série de histórias dentro da história: este hall tem dois móveis de conter e um contador indo-portugueses do séc. XVII, azueljos do séc. XVIII e uma cadeira também do séc. XVIII, de perna acabriolada.

 E o chão encerado dá logo outra respeitabilidade ao ambiente. Só faltam as faianças e as porcelanas e os tapetes de arraiolos...

Obras!!

O palacete arrancou em obras: mudei o chão do hall, que era horrível, em papel autocolante e fiz um soalho de balsa, a imitar tábua corrida, desta vez em "mogno" (cor da cera tinta). Também a biblioteca e a Sala de Jantar estão em obras, mas a biblioteca ainda numa fase muito inicial, mas também já com o chão novo...


Entretanto, após a montagem do "soalho", a sua coloração em cera tinta da Dyrup, encerei com cera para soalho e puxei o brilho, tal como antigamente....Pelo menos o cheiro é semelhante...




Sala de Jantar


Um dos principais motivos que me desmotivava no "palácio" era a incompletude da Sala de Jantar: a Planeta Agostini não me havia entregue a balaustrada e eu não estava bem a ver como concluir.
Com a ajuda de outro miniaturista, o Ritchie, a quem agradeço todos os conselhos, acabei por adquirir na Tiendacasitas esta balaustrada e fazer-lhe um rodapé com os mesmos azulejos do rodapé da sala e da escada....Tive também de prolongar o chão de tábua corrida até à escada...