sábado, 25 de abril de 2009

Sala de Música II

A Sala de Música ficou muito longe de estar concluída.
E creio que sofre do mesmo mal da Cozinha: muito pequena e com demasiada mobília.
Mas vamos começar pelos reposteiros. À semelhança das outras divisões, decidi-me por uns reposteiros fortes e opacos, grossos, porque uma das suas funções era proteger do frio que provinha das janelas. Outra função consistia em anular a luz oriunda do exterior.
Mais uma vez, tal como nos outros casos, fiz um pregueado interno. Aqui estava em fase de execução e a analisar os embrasses...

Em relação às cores, achei que a cor de morango ia bem. Fazia contraste com as paredes brancas e ao mesmo tempo, era uma cor da paleta do "fresco" da parede do fundo....
E porque na época, as cores dos reposteiros eram fortes.

Decidi colocar uma galeria dourada, para variar em relação às outras divisões e porque se harmonisava com os tons claros, com o branco e o dourado e a cor dos cortinados.

Decidi também fazer uns ambrasses diferentes do que tinha planeado inicialmente.

E como a Sala está "atravancada" (perdoem-me o termo...) de mobília, resolvi também retirar parte da mobília. A harpa não era um instrumento abundante no nosso país, ao contrário do clavicórdio e do cravo (neste caso, creio que o instrumento entregue pela Planeta Agostini é um clavicórdio), mais comuns nos interiores apalaçados.
Após retirar o par harpa/cadeira, achei que fazia falta uma mesa para pousar um candelabro. Retirei uma das mesas que pertencia ao Salão de Chá, a mais pequena. Se a dona da casa tiver o hábito de tocar de quando em vez, não ia pedir à criada que lhe acendesse as velas do candeeiro do tecto, mas mais fácil seria ter um candelabro acessível e ainda por cima, está perto do clavicórdio, iluminando a pauta e o teclado....

Creio que o tapete ficou muito bem, quer no tamanho, quer na cor.

Com estas alterações, fiquei a pensar se valerá a pena mudar ou a cor ou o estofo das cadeiras, porque agora a Sala já não me parece tão pálida, tão branca como ao início.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Cozinha V

Ora bem, neste palacete todos os pormenores importam.
Por essa razão é que acredito que tenho ainda mais de um ano de trabalho no palacete... por exemplo, ainda não comprei puxadores para as portas...

A cozinha estava bem, mas este suporte para colheres de prata veio mesmo a calhar.
Pelo menos as colheres estavam acessíveis e num sítio onde não ocupam muito espaço.

Esta área destinada à cozinha foi uma péssima opção: onde vão caber os alguidares de folha, ou latão para lavar e escaldar os pratos, depenar galinhas e patos e esfolar coelhos?
Onde cabem os cabazes ou os cestos com as frutas e com os legumes?
Onde guardar a pipa do vinho?
E onde cabem as arcas grandes com os cereais? E as pequenas, do tipo salgadeiras, para guardar os presuntos e chouriços...?
Este palacete está mesmo a precisar de uma cave para servir de "armazém" ou cozinha de apoio....As cozinhas dos palacetes tinham, geralmente, uma área significativa. Não só para guardar tudo aquilo que enumerei, como para conseguir albergar duas ou três criadas em simultaneo... Aqui, neste espaço, uma mal consegue caber!!






terça-feira, 21 de abril de 2009

Quarto 0

Bem, nunca mostrei a mansarda do meu palacete... pois agora já percebem porquê. É a área que uso como depósito, como parque de estacionamento dos móveis que não sei o que lhes fazer ou dos que estão à espera de serem colocados....Parece um armazém.

No que concerne à cor, ao morango esmagado escuro com que pintei as paredes, é mesmo assim, foi intencional, pois na época, para além de cores suaves, também se usavam as cores fortes. Por outro lado, como a cama do palacete é dourada, se usasse uma cor clara nem se destacava e assim vai sobressair.

domingo, 19 de abril de 2009

Salão de Chá V

Amigos

E esta mesa da Agostini com tantos dourados, que parece de plástico...? E ainda por cima oval, não se pode encostar a uma parede... Não sei que lhe hei-de fazer... Talvez viaje até ao quarto, pois na época, nos quartos e alcovas usavam-se muitas mesinhas de apoio, quer para tomar refeições leves e chás, ou para jogar, ou para pousar chapéus, livros, etc. E o quarto tem mais espaço para guardar uma mesa oval, do que esta pequena divisão.



Em relação ao post da Ana Anselmo, as ripas imperfeitas não são fruto do acaso. Foram propositadamente feitas assim, pois os soalhos antigos têm muitas imperfeições. Se ficasse muito certinho e rigoroso, o efeito parecia moderno e não se reportava aos ambientes oitocentistas... Assim, fiz as junções de modo a notarem-se, bem com umas "tábuas" mais altas (do qual resulta o ranger característico de quem pisa este tipo de soalho...) e de modo a ficarem com um ar mais rústico, tal como já havia feito na Sala de Jantar. Todas as imperfeições visíveis foram propositadas (tal como no rodapé de azulejos, também eram colocados de modo bastante imperfeito e não direitinho, como os os nossos actuais...)
Em casa dos meus avós havia um chão assim, de tábua corrida, em que as madeiras rangiam a cada passagem nossa, com um som e um cheiro muito característicos...

No que concerne ao post do Proença, este tapete foi um engano desde o início: na minha primeira encomenda Eurominis, troquei, sem querer, uma referência e... voilá!! Apareceu-me este tapete bem colorido, exageradamente colorido, ao qual não sei o que lhe fazer.... Por isso vou experimentando, mas neste Salão não irá ficar, pois não só não combina o padrão/cores, como as dimensões também não se coadunam com a divisão.

Em relação à ideia dos retalhos, eu cheguei a fazer uns tapetes assim, mas como os forrava para não sairem linhas, ficavam aos altos e baixos e a mobília ficava torta... Os da Eurominis têm a vantagem de serem muito baixos, embora com pouca variedade....

Quanto ao volume de mobília desta divisão: para as coisas estarem certinhas com a época, preciso de mesas de apoio (para o chá, para pousar chapéus, para flores, para os candeeiros, é importante não esquecer este pormenor, não havia ainda luz eléctrica e nem sempre se acendiam as velas dos lustres de tecto...), preciso de pelo menos mais dois lugares sentados.
Sabem que na época, os tapetes tinham sempre manchas da cera, umas mais profundas que chegavam mesmo a queimar? Quando os lustres estavam acessos muitas horas e as velas escorriam muito, até chegavam a pingar em cima das pessoas...

Voltando ao Salão de Chá (ou Salão das Porcelanas, como já o havia baptizado há uns tempos atrás...) o problema é que esta divisão é muito pequenita, tem uma porta muito grande, a lareira também tira espaço....Enfim. Hei-de ver o que vou fazer.

Uma das hipóteses era adquirir um daqueles conjuntos de três mesas de encaixar umas nas outras, muito úteis para estas divisões. Usavam-se no séc. XIX, mas não sei se nos finais do século XVIII já existiam....

Quando em repouso, somente a maior (onde as outras se encaixam) está visível. Quando são necessárias as outras, tiram-se e usam-se à medida das necessidades, com a vantagem de serem rectangulares e se poderem encostar a uma parede.

É que este palacete tem, para mim, um grave problema: não há paredes suficientes para encostar móveis de conter. A cozinha mal tem espaço para se prepararem os alimentos, a Sala de Jantar não tem sítio para se ter um móvel para se guardar a loiça de uso na dita e o Salão de Chá também sofre do mesmo problema....

Já me apeteceu retirar o par de tremós que estão no Salão de Entrada e substituí-los por um par de móveis de conter, mas também não me parece coerente que as criadas andassem "escada acima/escada abaixo" com as loiças.... Que vos parece?

Agradeço imenso os comentários e as sugestões, pois todos temos tirado partido das ideias com os outros nos presenteiam, ao comentar o nosso trabalho.

Não resisti em publicar esta fotografia, que nem sequer é uma boa fotografia, mas parece ter sido realizada num ambiente em escala normal....

Salão de Chá IV


Amigos e seguidores deste blogue:

Lembram-se da asneira do papel autocolante no chão do Salão de Chá?
Bem, entrei em obras de renovação e apresentam-se agora os resultados.... passo a passo.
Comprei uma tira de balsa, cortei em ripinhas de 0,5 cm e comecei aqui a montar o soalho, em motivo de tábua corrida, à moda portuguesa...


Depois de tudo colado e bem seco, pintei o chão de castanho, a imitar mogno.

A seguir, o trabalho mais "chato": aplicar várias camadas de cera.
Em primeiro lugar, apliquei cera castanha, cor de mogno. Depois de secar, puxei muito bem o lustro.
A seguir, mais três camadas de cera transparente... Para dar um ar envelhecido e antigo. O toque final consistiu em puxar bem o lustro com uma escova de sapatos e aspirar bem, claro.

A seguir, após uma boa limpeza, voltar a mobilar e a decorar.

Que acham agora do aspecto desta divisão? Para além de necessitar de mais objectos decorativos e de mais mobília, pois somente dois acentos é muito pouco, também precisa de um tapete...

Acho que esta escolha foi muito infeliz. Terá de ser um tapete um pouco maior e mais discreto....
Continuo a pensar que mobília vou comprar para concluir esta divisão... Para além de mais lugares sentados, claro.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Prémio Sisterhood


Gracias Marion, por tu Prémio!
Obrigado a todos os que têm eleito o meu trabalho no mundo das minis.

Prometo notícias em breve: o Salão de Chá está em obras de remodelação.