sábado, 18 de outubro de 2008

Sala de Música I

Um dos outros erros deste "palácio" é a escala desta Sala de Música: é exígua e a música não se devia ouvir muito bem porque a acústica para instrumentos como o cravo requer um espaço maior e mais alto. Ainda falta o aro da porta.


Encontrei um motivo da época, colei e protegi com verniz. Recortei ainda mais alguns motivos e fiz o chão em madeira.
Em relação ao mobiliário, pretendo ainda reformular as cadeiras (estofá-las de outra cor, é tudo muito branco) mas por agora ficam assim.
Um armário para guardar as pautas também seria um elemento necessário, mas o que coloquei não me parece da época, mas posterior (séc. XIX) e ao gosto inglês.

Nada melhor então que decorar a parede de fundo com uma "pintura", neste caso recorrendo à técnica da decoupage.
O tema escolhido teria de andar em torno das tendências da época: uma cena galante, com um cenário campestre, à semelhança do tipo de cenas de pintores como Watteau, Boucher, etc, onde abundavam figuras delicadas e vaporosas, em agradáveis fundos de paisagens pitorescas.
A estas composições não é estranho a presença de uma ou outra figura da comédia dell'arte, ou puttis.
Em síntese, graça, elegância e fantasia.

Como decorar a Sala de Música? Qual ou quais os aspectos que se pretendem destacar?
Em contexto nacional, os palácios e palacetes que tinham Sala de Música atestavam um convivio social e cultural de nível significativo. E o tipo de instrumentos também tinha a sua importância: neste caso, os grandes protagonistas eram o cravo e a harpa.
As pinturas nas paredes e nos tectos imprimiam uma dinâmica muito própria ao espaço decorado. Vale a pena visitar as pinturas que decoram a escadaria nobre do Paço Episcopal do Porto, ou as do Palácio de Mafra.

2 comentários:

Francisco José Sánchez Acebo disse...

Te esta quedando precioso el palacio. El decorado es muy bonito, mas que el original.
Con tu permiso, me gustaria enlazarte en mi blog para seguir tus trabajos.
Un beso, Paco y Anna.
http://obecayknab.blogspot.com/

Anónimo disse...

gostei muitissimo do resultado final do teu trabalho. sempre que o vejo fico com duvidas relacionadas ao caminho que escolho para executar o meu. toda esta situação prende-se com o facto de, embora tente respeitar a coerencia em termos de estilo ou época, eu não o saiba fazer tão bem como tu pois tenho um background totalmente diferente e já fico bastante feliz se conseguir tornar este pesadelo da planeta agostini em algo estéticamente apelativo e credivél. mas não obstante tudo isto, os teus patrabéns e o teu perfeccionismo ninguém tos tira. gosto do cunho nobre e requintado que consegues dar ao teu paláco.